curupira

bandidos! acham que nos assustam com gás lacrimogêneo
a gente não tem medo de chorar e de correr
mas a gente prefere sorrir e lutar
trabalho, sangue, pele
canalhas!
precisam de mim
abrem chamada emergencial
para professores de matemática
pra ver na escola os jovens
que eles chamam de criminosos
e ainda dizem que eu tenho regalias
eu olho as matas, as florestas
eu tento e tento te impedir de andar pra trás
a culpa é do povo?
que acredita, cai
são eles os crápulas!
torturam já com os discursos
com medo
por que me odeiam?
mais velha e menos calada
que lamentem os senhores
que caiam as máscaras!
e aos amigos que me ouvem
não quero luto, eu quero luta!
flexionada no feminino
sim senhora
por mim
por todas
pelo nosso trabalho
pelo nosso amor
pela nossa sobrevivência
será com poesia
e será com resistência

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