Sobre Carolina.

Meu nome é Helena e hoje recebi um elogio de um desconhecido. 'O seu sorriso é lindo, menina.' Essa é uma, mas uma flor ou um esmalte são outras formas de me agradar gastando menos de cinco reais. Gosto de música sertaneja despite the fact that meu pai ter o LP de The Wall. Três dos meus avós tiveram depressão. Por isso eu só tenho um simples desejo: Don't let me down. Não pense que o meu coração é de papel, não brinque com o meu interior. Acho que quem não gosta de samba bom sujeito não é. Já fui mulheres de todas as cores, de várias idades, de muitos amores. Mas nenhuma delas me fez tão feliz como eu me faço. Pretendo também me embrenhar no emaranhado desses meus cabelos. Eu quero ser exorcizada pela água benta desse olhar infindo. Que bom é ser fotografada, mas pelas retinas dos meus olhos lindos. Me deixo hipnotizada pra acabar de vez com essa disritmia. Vem logo, vem curar Helena, que chegou de porre lá da boemia.
Tenho tantos sonhos que não cabem aqui. Quero um texto pra mim. Antes eu achava que ele deveria ser escrito por outra pessoa, obviamente, mas agora começo a duvidar. Hoje eu falei pra mim, jurei até, que esse não seria pra mim. Agora é.
Sou romântica de nascença e de criação. Falo de amor, mas quem sou eu para falar de amor? Se o amor me consumiu até a espinha. E se, de tanto me entregar, nunca fui minha. O amor me conheceu, se esfregou na minha vida e me deixou assim. Juro por Deus, de pés juntos, que sempre mais. Acho que é mais pela poesia, pela utopia. Não consigo decidir se a arte me deixa mais forte ou mais frágil. Acho que estou apaixonada, como sempre. Como nunca. Só que dessa história ninguém sabe o fim. Eu sou o meu homem, eu sou minha mulher. E eu vivo junta, eu me dou bem, não desejo mal a quase ninguém. E eu vou a luta, e conheço a dor. Considero justa toda forma de amor. Toda forma de amor. Toda.

Songs: Tango de Nancy, Camarão que dorme a onda leva, Disritmia, Monomania e Toda forma de amor.

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