A Conquista.

- Você acha que eu estou gorda?
Fodeu. É a pergunta da morte.
- Sua bunda está muito gostosa.
Estava mesmo. Não é porque tinha rolado algo na noite anterior, mas que sorte a minha estar vendo aquela mulher despenteada. Despenteada, desregrada e desavergonhada. Se olhava no espelho como se fosse uma das maravilhas do mundo, e realmente era, pelo menos do meu mundo. E fazia pose a menina, enquanto repetia que estava mesmo gostosa. Sutiã e calcinha combinavam, afinal, rosa sempre combinou com marrom.
- Eu perdi tanto tempo com você. E só descobri com um atraso enorme. Me perdoa?
- Bom, se você compensar o tempo perdido, está perdoado.
- Então vem cá, vem.

E foi assim que a gente transou de manhã. Mas me deixe, por favor, tentar explicar o início dessa história parafraseando Nando Reis e pedindo desculpas por estar um pouco atrasado. Espero que ainda dê tempo. Afinal, por onde andei enquanto ela me procurava?
Será que ela me procurava mesmo ou procurava apenas uma conquista? Logo eu, um cara tão complicado. Se era a segunda opção, ela conseguiu. Não me lembro como e nem sei se tenho o que lembrar, só sei que um dia eu estava normal e no outro não estava mais. No outro dia, eu já pensava se ela era mesmo tudo aquilo que me faltava.

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