Matrix, Pocahontas e lubrificantes.

Enquanto algumas pessoas que me conhecem me aconselham a pensar bem no que eu vou fazer ou a esperar e ver o que acontece, alguém que mal me conhece disse que eu devia agarrar o termômetro do menino que eu amo, chacoalhar bem e dizer isso para ele. E aí, com quem será que eu concordo mais?
Por mais que eu até acredite um pouco nessa história de 'se for para ser, vai ser', eu também acredito que o destino não vai ser legal comigo se eu não for legal com ele. Detesto aquele sentimento de que eu poderia ter feito alguma coisa e não fiz. É exatamente por isso que eu gosto tanto de discutir, de falar o que eu sinto e de agarrar pessoas em formaturas.
Eu sinto muito. Não utilizando o sentido de culpa dessa expressão. Eu sinto muito mesmo. Quanto eu estou com raiva, eu estou com muita, muita raiva, por mais que eu apenas chore antes de dormir. E quando eu estou feliz, eu estou cega de felicidade. Tanto que qualquer um com um bom papo consegue me fazer de boba.
Mas eu nem ligo. Desculpas a qualquer filósofo que possa ler isso, mas eu preferiria ficar dentro da Matrix, caso pudesse escolher. Porque, algumas vezes, é melhor ser feliz, mesmo sendo enganada, do que conhecer toda a verdade e não o ser.
Sabem aquela história de que uma amizade ou um amor é como um barbante ligando duas pessoas? O barbante pode ser cortado com um erro de alguma parte e cada um pode ir para um lado diferente. Ou, depois do fio cortado, se os dois quiserem, é possível fazer um nó, uma nova ligação. Nesse caso, qualquer mancada perdoada aproxima mais quem está segurando o fio, em vez de separar.
O que me leva a mais um parágrafo desse post meio sem nexo. Li ontem em um blog que segunda chance não vem com lubrificante. E não vem mesmo. Nem cuspe, nem nada. Ontem também me lembrei da minha prima, que vai casar esse sábado com um austríaco, me dizendo que algumas pessoas da família dela ou amigos até podiam ser contra esse casal inter-continental ficar junto, mas nenhuma dessas pessoas era aquela que ela queria do lado pra sempre. Ciúmes? Claro que ela tinha, mas ela me disse que estava fazendo tudo certinho aqui e que o jeito era confiar que ele estava fazendo tudo certo lá (na ocasião, ela ainda morava nesse país tropical).
Quando você ama muito alguém, você quer ver essa pessoa feliz mesmo com outra ou você quer que ela seja feliz, mas longe de você se for com outra? Porque vamos combinar, se existe coisa pior do que ver o seu amor com outra pessoa, o diabo guardou para usar no inferno. Seria então o amor como uma tatuagem, que não pode ser removida, ou como uma música que fica na sua cabeça por algum tempo? 
Tem algumas coisas que a gente escuta e que marcam a gente. Uma coisa que eu escutei que me marcou foi que amor é para sempre. Outra foi a vovó Willow dizendo para a Pocahontas achar a resposta em seu coração. Mas vovó Willow é uma árvore.
Acho que tenho que comprar um plantinha para conversar também, mas isso não vem ao caso.

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