Arlindo Cruz

O teu choro já não toca meu bandolim. Diz que minha voz sufoca teu violão. Afrouxaram-se as cordas, e assim, desafina. E pobre das rimas da nossa cancão. Hoje somos folha morta, metais em surdina. Fechada a cortina. Vazio o salão.
Se os duetos não se encontram mais e os solos perderam emoção, se acabou o gás pra cantar o mais simples refrão, se a gente nota que uma só nota já nos esgota, o show perde a razão.
Mas iremos achar o tom, um acorde com um lindo som, e fazer com que fique bom, outra vez, o nosso cantar. E a gente vai ser feliz. Olha nós outra vez no ar. O show tem que continuar.

Mestre Arlindo dispensa texto.

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